Dark Jedi: quem são Baylan Skoll e Shin Hati na série Ahsoka?
Quem são os misteriosos Dark Jedi (Jedi Sombrios) da série Ahsoka? Conheça Baylan Skoll e Shin Hati e suas relações com a mitologia nórdica!
Os mitos e lendas nórdicos marcam presença constante nas artes e na cultura pop. De fato, as antigas histórias de deuses, deusas, guerreiros, heróis, seres mágicos e lugares imaginários exercem incrível fascínio e despertam grande interesse em artistas e no público em geral. O escritor J. R. R. Tolkien, por exemplo, se inspirou nessas histórias para criar o épico de fantasia O Senhor dos Anéis (1954), obra que, por sua vez, influenciou uma série de outras narrativas, além da cultura dos role-playing games, ou RPGs. Já nos quadrinhos, temos o Poderoso Thor, da Marvel, que hoje é personagem de filmes e animações do universo cinematográfico da editora, todos de grande sucesso. E não para por aí! Os games Hellblade (2017), God of War (2018) e Assassin’s Creed Valhalla (2020) são apenas alguns exemplos de como a mitologia nórdica ainda exerce grande apelo e inspira as mais diversas formas de arte. Vamos conhecê-las!
Quem são os misteriosos Dark Jedi (Jedi Sombrios) da série Ahsoka? Conheça Baylan Skoll e Shin Hati e suas relações com a mitologia nórdica!
Dos recém-infectados aos mutantes grotescos, os zumbis de The Last of Us lembram o morto-vivo da mitologia nórdica. Saiba mais!
Às vésperas de um novo ciclo, é hora de celebrar o aniversário de 5 brilhantes releituras da mitologia! Conheça os destaques do ano!
O novo God of War foi revelado para o PlayStation 5! Descubra o que é o Ragnarök, referência direta à mitologia nórdica no título do game!
Estudos recentes trazem uma nova visão sobre os povos nórdicos: eles não eram os bárbaros que imaginamos! Saiba mais no Projeto Ítaca!
Os gigantes de gelo são os mais populares da mitologia nórdica! Mas quem são eles? Descubra e veja como aparecem na cultura pop!
Conheça as principais versões do deus da trapaça! Saiba o que mudou da mitologia aos quadrinhos, depois aos filmes, games e séries!
A nova personagem de God of War: Ragnarök sofreu ataques racistas por ser negra. Afinal, há gigantes negros na mitologia nórdica? Saiba aqui!
A mitologia nórdica ganha destaque nas mídias e na cultura pop! Veja dois exemplos recentes: O Poderoso Thor e God of War: Ragnarök!
Descubra o simbolismo da água, suas imagens e relações com a mitologia na canção “Coisa Banho de Mar” da artista carioca Letrux.
Cal Kestis descobre uma árvore sagrada em Kashyyyk, lar dos Wookies. Saiba de onde vem seu simbolismo e o que ela significa para esse povo.
O documentário Professor Polvo (2020) traz valiosas lições sobre a vida na Terra, e faz lembrar das antigas lendas marinhas. Saiba mais!
“A mitologia nórdica nos apresenta os mitos de um lugar gelado, com noites muito, muito longas no inverno e dias intermináveis no verão; mitos de um povo que não confiava plenamente em seus deuses ou nem sequer gostava deles, ainda que os respeitasse e temesse”. É o que diz o escritor britânico Neil Gaiman, que tomou contato com Asgard e seus habitantes pela primeira vez quando ainda era criança. Desde então, os mitos e lendas dos antigos escandinavos estão entre seus favoritos. Esse universo, de tão influente para Gaiman, levou-o a escrever Mitologia Nórdica, no qual reconta muitas dessas histórias ancestrais.
Ao que tudo indica, os deuses de Asgard se originaram na região da Alemanha, depois se espalharam pela península escandinava e para os territórios dominados pelos vikings – como as ilhas Órcades e a Escócia, a Irlanda e o norte da Inglaterra. Lá, os invasores batizaram acampamentos em homenagem aos antigos deuses, que deixaram suas marcas nos dias da semana, na língua inglesa. De Tyr, o filho maneta de Odin, vem tuesday (terça-feira); de seu pai vem quarta-feira (wednesday). De Thor e Frigga vêm, respectivamente, quinta-feira (thursday) e sexta-feira (friday).
Em contraste com as populações greco-romanas, os nórdicos só tiveram culturas letradas depois de se tornarem cristãos. Os antigos mitos do Norte europeu, portanto, foram bem menos registrados que os do mundo clássico. Das suas lendas e práticas sociais muito se perdeu, já que a Igreja, a fim de impor a nova fé, não aprovava os registros.
O pouco que conhecemos chegou até nós através do folclore, na forma de recontos, poemas e prosa. Depois que o cristianismo já havia substituído as antigas religiões, as histórias compiladas só viram a luz do dia pelo medo de que, do contrário, suas figuras de linguagem poéticas se perdessem para sempre. A expressão “lágrimas de Freya”, por exemplo, era uma forma de se referir ao ouro. Alguns mitos descreviam os deuses nórdicos como homens, reis ou heróis para que seus feitos pudessem ser contados no mundo cristão.
Antes de se tornarem cristãos, os povos do Norte europeu se dividiam em tribos e clãs. Não havia instituições políticas e religiosas que impusessem uma uniformidade de crença. Havia, portanto, considerável diversidade regional. Nos últimos séculos antes da era cristã, os celtas habitaram a Grã-Bretanha, a Irlanda e vastas extensões da Europa central e ocidental. Não possuíam um panteão comum de deuses; embora o culto a certas divindades fosse disseminado, nenhuma era adorada em todo o território. Apenas os celtas tinham instrução sacerdotal formal. Seus sacerdotes eram os druidas, que passavam por longos aprendizados. Eles deviam memorizar todas as leis, história, mitos e práticas religiosas de sua tribo.
Por outro lado, entre os nórdicos pré-cristãos, eram os chefes e reis locais que conduziam os rituais religiosos. Não existia propriamente uma teologia nas antigas religiões, que focavam no sacrifício – de tesouros, de animais e, às vezes, de gente – para angariar favores ou aplacar a ira dos deuses.
Alguns dos mitos e lendas mais conhecidos do Norte europeu se estabeleceram, ou se originaram, nos anos após a queda do Império Romano, em V d.C. As primeiras lendas do rei Artur, por exemplo, o apresentaram como um heroico senhor da guerra, o defensor dos celtas britânicos contra os anglo-saxões germânicos que invadiram a Grã-Bretanha (depois que as tropas romanas bateram em retirada em 410 d.C). Após a conquista normanda em 1066, escritores franceses e ingleses se apropriaram de Artur e passaram a retratá-lo como o rei de toda a Inglaterra, idealizado e cavalheiresco.
A lenda do herói matador de dragões Sigurd inclui figuras históricas reais, que comprovam sua origem em V ou VI d.C. Embora os mitos e lendas irlandeses remontem a origens bem mais antigas, muitos deles também se inserem num contexto histórico. Os mitos nórdicos inspiraram muitas obras de arte, música e literatura – desde a pintura pré-rafaelita dos contos arturianos até as óperas de Richard Wagner, O anel dos nibelungos, e o livro de J. R. R. Tolkien, O senhor dos anéis. Tornaram-se tema constante no imaginário contemporâneo – dos quadrinhos e filmes do Poderoso Thor, da Marvel, a séries como Vikings e games como Hellblade, God of War e Assassin’s Creed Valhalla. E seu apelo continua forte.
O livro da mitologia (2018), por Philip Wilkinson e outros.
Mitologia nórdica (2017), de Neil Gaiman.
Dicionário de mitologia nórdica (2010), de Johnni Langer (org.).
Inscreva-se abaixo para receber as novidades do Projeto Ítaca semanalmente em seu e-mail!
Comece a explorar a mitologia! As lendas e histórias mais antigas da humanidade no cinema, na literatura, nos games e outras mídias.